Petra, Jordânia

Petra: a cidade rosa esculpida na rocha
Petra é um dos sítios arqueológicos mais impressionantes do mundo e um símbolo incontornável da Jordânia. Conhecida como a "Cidade Rosa" devido ao tom rosado das rochas areníticas que a compõem, foi construída e habitada pelos nabateus, um povo árabe que prosperou entre os séculos IV a.C. e II d.C.
Um centro comercial no deserto
Localizada numa região estratégica entre rotas comerciais que ligavam a Península Arábica ao Mediterrâneo, Petra tornou-se um ponto essencial para o comércio de especiarias, incenso e seda. A riqueza gerada permitiu aos nabateus desenvolver uma cidade altamente sofisticada, famosa pelos seus sistemas de irrigação e pela arquitetura monumental.
A entrada pelo Siq
A visita clássica a Petra começa com a travessia do Siq, um estreito desfiladeiro com cerca de 1,2 km de extensão, cujas paredes chegam a ultrapassar os 80 metros de altura. No final deste corredor natural, revela-se uma das estruturas mais emblemáticas do mundo: o Tesouro (Al-Khazneh).
O Tesouro, o cinema e outros monumentos
O Tesouro é um mausoléu monumental escavado diretamente na rocha, exibindo colunas, frisos e esculturas que combinam influências helenísticas e orientais. Tornou-se especialmente famoso por aparecer no filme Indiana Jones and the Last Crusade (1989), onde serve de cenário para a busca pelo Santo Graal. Embora esta ligação seja ficcional, contribuiu para tornar Petra amplamente conhecida pelo grande público.
Para além do Tesouro, a cidade inclui:
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O Teatro: com capacidade para cerca de 8 mil espectadores.
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A Rua das Fachadas: uma série de túmulos monumentais.
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O Mosteiro (Ad-Deir): um dos maiores e mais impressionantes edifícios de Petra, acessível após uma subida de cerca de 800 degraus.
Redescoberta e Património Mundial
Embora nunca totalmente abandonada, Petra foi "redescoberta" pelo explorador suíço Johann Burckhardt em 1812. Em 1985, tornou-se Património Mundial da UNESCO, e em 2007 foi eleita uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo.
Hoje
Atualmente, Petra atrai viajantes de todo o mundo, fascinados pela combinação única de história, arquitetura e cinema. A cidade continua a surpreender arqueólogos, que ainda hoje identificam novas estruturas, reforçando o seu caráter enigmático.
A melhor altura para visitar Petra é:
Primavera (março a maio)
É geralmente considerada a época ideal.
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Temperaturas agradáveis (20–28°C)
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Dias mais longos
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Paisagens mais verdes no deserto
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Conforto para caminhar longas distâncias
Outono (setembro a novembro)
Outra excelente opção.
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Temperaturas semelhantes à primavera
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Céu limpo e clima estável
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Menos calor e menor risco de tempestades de areia do que no verão
Evitar se possível: Verão (junho a agosto)
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Muito quente: 35–45°C ou mais
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Caminhadas tornam-se cansativas e potencialmente perigosas
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O sol bate forte nas áreas expostas (a maioria de Petra)
Inverno (dezembro a fevereiro)
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Pode ser frio, sobretudo de manhã e à noite (até 5°C)
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Possibilidade de chuva ocasional e até neve
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Mas há menos turistas, o que pode ser uma vantagem
🗓️ Quantos dias ficar em Petra
✔️ 2 dias (o ideal para a maioria das pessoas)
Permite ver:
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O Tesouro com calma
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As tumbas principais
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O Teatro
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O Mosteiro (Ad-Deir)
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Vistas panorâmicas
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Trilhar alguns caminhos secundários sem pressa
✔️ 1 dia (mínimo absoluto)
- Dá para ver o essencial, mas é muito à pressa.
- Adequado apenas se tiver pouco tempo — entra cedo, vai direto ao Tesouro e depois ao Mosteiro.
✔️ 3 dias (para entusiastas de história ou trilhos)
Excelente se quiser explorar:
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High Place of Sacrifice
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Trilha do Al-Khubtha (vista do topo para o Tesouro)
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Túmulos menos visitados
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Áreas arqueológicas mais afastadas
⏰ Horários ideais para visitar
🌄 Começar MUITO cedo
Entrar no parque assim que abre (cerca de 6h00–6h30) é a melhor decisão que pode tomar.
Porquê entrar cedo?
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O Siq fica quase vazio, permitindo caminhar em silêncio pelo desfiladeiro.
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O Tesouro surge banhado pela luz da manhã — ideal para fotos.
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Evita o calor e os grupos organizados.
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Caminha mais à vontade até ao Mosteiro antes do pico de turistas.
